Em processo de reformulação do exame para certificação de novos assessores, a Ancord (Associação Nacional das Corretoras de Valores) elegeu esta como sua principal pauta para o próximo ano. Confira a entrevista exclusiva que Orlando Júnior, gerente de autorregulação da entidade, concedeu à CRC!News.
Na sua visão, quais foram os grandes acontecimentos do setor de assessorias de investimentos ao longo de 2022?
Este ano não tivemos um acontecimento tão grande. Iniciamos um processo de revisão da nossa certificação, mas ainda estamos trabalhando nisso e será um fato relevante para 2023. A nova norma também não saiu até agora, e é o que o mercado como um todo está aguardando. Tivemos a questão da redução da taxa que foi positiva para os assessores, pois mudou de trimestral para anual e caiu quase 80%. A nomenclatura também mudou junto com isso, mas os demais pontos que seriam relevantes até o momento ainda não saíram.
E em relação à Ancord, quais projetos e realizações foram destaque neste ano?
Para a associação em si, o principal fato foi o nosso aniversário dos 50 anos. Fizemos evento com palestras e delas surgiram novos trabalhos que temos realizado internamente. Vemos o mercado se consolidando, com um player comprando o outro, mas mesmo assim conseguimos crescer a quantidade de associados. Registramos números representativos de entrada e chegamos a quase 21 mil assessores no total, um aumento de profissionais de mais de 25% em relação ao ano passado. De janeiro a outubro foram mais de 10 mil inscritos nas nossas provas de certificação com uma taxa de aprovação entre 48% e 49%, sendo que 30% das pessoas fizeram o exame de forma remota. O mercado está aquecido e vai seguir aquecido nos próximos anos. Acredito que a nova norma deve flexibilizar e facilitar ainda mais a entrada de novos profissionais. Também merecem destaque nossa parceria com a CRC!News para a criação da coluna Espaço Ancord e o lançamento do nosso Instagram.
Para você, qual a grande expectativa para 2022 que ainda não se concretizou no setor?
A questão da nova norma é o ponto focal e o que todos estão esperando acontecer. Quanto à reformulação do exame, a gente sabia que não iria concluir em 2022. Estamos caminhando no sentido de entender o que o mercado espera do profissional que está entrando. A ideia é fazer uma análise para trazer um pouco da prática do assessor para a prova. É algo que está em andamento e será nosso principal projeto de 2023.
Pensando no futuro, como você projeta 2023 para o segmento de assessorias?
Vai ser um ano positivo, até porque virá a nova norma. Deve sair no máximo até o começo de 2023. Considerando o que foi discutido na minuta apresentada e as manifestações que o mercado fez, teremos novidades como o fim da exclusividade e a possibilidade de contratar um assessor como CLT dentro do escritório. É algo que deve criar um novo ambiente e vamos ver como os players vão se comportar em relação a isso, se escritórios vão virar ou não corretora, pois nenhum dos que tinham essa pretensão avançou para concretizar.
Texto publicado na edição 64 da revista CRC!News, acesse e leia os principais destaques do setor.
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