Leia abaixo a analise a abertura de mercado com a Paula Zogbi, analista de investimento da Rico:
“Os futuros americanos e as bolsas europeias amanhecem positivos nesta quinta, depois de um dia de queda estimulada pelo resultado da inflação ao consumidor nos EUA. O índice de preços ao consumidor atingiu o valor mais elevado em 21 anos, puxando o dólar para novas máximas no ano.
Também divulgado ontem, o nosso próprio índice de inflação não ficou para trás no fator surpresa. O IPCA subiu 1,25% em outubro e acumula 10,67% em 12 meses. Nossa projeção é que o índice feche em 10,1% em 2021.
Com esse IPCA surpreendendo para cima, mas a aprovação da PEC dos precatórios melhorando as expectativas para o longo prazo, as taxas futuras de juros fecharam o dia de em alta nos vencimentos mais curtos e queda nos mais longos, em novo dia de perda de inclinação da curva.
Nos EUA, o mercado de trabalho continua se recuperando. Os pedidos de auxílio desemprego atingiram novamente o número mais baixo desde o início da pandemia, continuando a tendência de queda constante.
Para hoje, o mercado deve monitorar de perto o relatório mensal da OPEP, que traz dados sobre o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado de petróleo. O preço da commodity amanhece em alta moderada hoje à espera desses números.
Também sai hoje o número de vendas no varejo brasileiro de setembro. O mercado espera uma queda mensal de 0,6%. As vendas no varejo serão importantes para medir o quanto do recente aperto monetário e da alta da inflação afetaram o poder de compra dos consumidores.
Na China, o governo deve realizar uma série de medidas para aliviar a crise para as empresas do setor imobiliário, como facilitar a tomada de empréstimos para fusões e permitir a venda de títulos de dívida no setor interbancário doméstico. As ações chinesas subiram nos últimos dias com essas notícias. Na política, Xi Jinping deve anunciar hoje uma “resolução histórica” que pode consolidar sua posição no poder para o resto da vida.
Ainda na China, hoje é o Dia do Solteiro por lá, trata-se de uma imensa data comercial que costuma ter descontos extremamente agressivos no e-commerce chinês. Para ter uma ideia do tamanho, as vendas em 2020 bateram US$ 74,1 bilhões, quase o dobro da SOMA dos faturamentos da Black Friday, Cyber Monday, o feriado de ação de graças e o Prime Day, que ficou em US$ 44,8 bi.”