Leia abaixo sobre o fechamento do mercado de hoje (26), com Rafael Ribeiro.
“Depois do movimento de alta passado, nada mais natural do que uma correção — ainda mais a favor da tendência de baixa. Para quem está de olho em um repique maior para o mercado, é fundamental para o índice seguir acima dos 106 mil pontos (fechamento de segunda-feira última) e superar a máxima em 109 mil pontos, tendo como alvo principal o topo cravado em 115 mil pontos.
A queda de hoje também está relacionada ao forte movimento de alta da curva de juros, que reflete o aumento da expectativa do mercado pelo avanço da Selic em resposta a mais um dado de inflação acima do esperado.
O IPCA-15 registrou alta de 1,2% na passagem de setembro para outubro, enquanto os economistas esperavam avanço de 0,97%. A prévia da inflação de outubro é a maior para o mês desde 1995. No ano, o índice acumula alta de 8,3%, enquanto chegou na marca de 10% em 12 meses.
Diante do compromisso do Bacen em subir os juros para cumprir a meta de inflação para 2022 — uma vez que este ano não será respeitada —, além de todo imbróglio com relação ao fiscal, que aumenta a percepção de risco, já existem apostas para um aumento de 1,50 p.p. para o Copom de amanhã e um recado ainda mais duro, com Selic chegando na casa de 9% já neste ano e na faixa de 11% no final de 2022.”