Acompanhando o movimento de queda das bolsas pelo mundo, o Ibovespa recua cerca de 2% e tem tudo para fechar abaixo dos 106 mil pontos, o que, graficamente falando, eleva a probabilidade pelo retorno para a mínima do ano, em linha com sua tendência de baixa de curtíssimo prazo e em vista da perda do suporte intermediário (106 mil pontos).
O clima de aversão ao risco deve-se aos temores sobre a evolução da ômicron. Com a confirmação que a nova variante pode infectar vacinados e curados de covid, a nova cepa já foi encontrada em 90 países e a disparada no número de casos não é um risco desprezível. Tanto, que mesmo com a gravidade menor relatada dos casos, a Holanda decidiu por fazer um novo lockdown até a segunda semana de janeiro.
O Reino Unido também sinalizou que pode adotar novas medidas restritivas e a possibilidade de medidas restritivas em outros países do continente reduz o apetite por risco dos investidores, uma vez que geram inúmeras dúvidas sobre o ritmo de crescimento no ano que vem.
Segundo o economista-chefe do UBS, Paul Donovan, a ômicron não deve atrapalhar a recuperação econômica porque os consumidores aprenderam a conviver com novos surtos de Covid: “o vírus em si tem um impacto econômico relativamente limitado. É o medo do vírus que tem impacto econômico”, afirmou em entrevista.