Em 2007, com 17 anos, eu comecei minha carreira no mercado financeiro, recebia R$ 500,00 por mês e não era registrado na carteira de trabalho, ou seja, me virava com isso ai pra almoçar, transporte e o que sobrava eu ia na Santa Ifigênia gastar com eletrônicos baratos – não poupava nem um real!
Esse meu ingresso aconteceu em um escritório de agente autônomo de investimentos, porém eu era o famoso ponta de mesa, o que ficava com todo trabalho administrativo do assessor. Vi a crise imobiliária em 2008 trabalhando lá e não recebi um aumento se quer até 2009, que foi quando eu decidi atualizar e entregar meu currículo no mercado. Foi muito louco essa virada de chave na minha vida, conheci um Assessor de Investimentos na TOV Corretora que me ajudou a entrar na corretora de uma forma… bem… não ortodoxa – para não dizer estranha –, mas conto essa história completa em outro post talvez, rs.
Fui contratado pela TOV, corretora do famoso Fernando Brochado Heller, e entrei como estagiário do Home Broker. Atendia passivamente clientes via telefone e chat, era um caos, telefone tocando de 1 em 1 minuto, 4 telas de chat ao mesmo tempo, com clientes querendo tirar dúvida da plataforma, aumentar limite, entender a posição de ações e principalmente reclamar da instabilidade da conexão. A experiência foi bacana, aprendi muito sobre o universo de uma corretora, tanto que fui efetivado para ganhar R$800,00 líquidos como CLT e até me tornei coordenador na área.
Eu estava com 21 anos e achava que estava voando, foi quando vi na Catho uma oportunidade para me tornar Assessor de Investimentos em um escritório de agente autônomo de investimentos, para ganhar R$15.000,00 por mês!!!
Isso mesmo QUINZE MIL REAIS!!!
Fui correndo estudar para tirar a certificação da Ancord de agente autônomo de investimentos e passei, então, me candidatei, me chamaram para a entrevista, fui aprovado e é claro que não pagavam R$ 15.000,00 assim, no mole! Era uma “isca” para atrair pessoas que tivessem o certificado da Ancord, afinal não fazia sentindo nenhum uma pessoa com 21 anos de idade que tinha um salário menor que R$1.000,00 saltasse para R$15.000,00, certo? Depende!
Leia na íntegra a coluna Vida de Assessor por Ricardo Silva na edição 30 da revista CRC!News.