O ano era 2001. Duas décadas se passaram. Parece que foi ontem.
Quando eu comecei não tinha muita clareza da função que eu desempenharia, a única coisa que eu sabia era de que eu havia perdido a chance de realizar um sonho que eu cultivei desde o início da minha existência.
Era tarde demais. Já não tinha como mudar aquela situação.
Meu primeiro dia como estagiária da Caixa Econômica, foi uma mistura de sentimentos. Vontade de sair correndo em meio aquela multidão de gente que estava à porta esperando a agência abrir, raiva e um certo sentimento de frustração por não ter conseguido ter o apoio dos meus pais para realizar meu grande sonho. Ao mesmo tempo, já procurava dentro de mim, perspectivas diferentes de encarar aquela nova realidade.
E foi assim que tudo começou.
Primeiro dia foi assustador. Segundo dia desanimador. Terceiro dia apavorante, até que uma semana passou e fui para outra com um sentimento de obstinação que havia se formado dentro de mim. Talvez tenha sido ali que me deparei pela primeira vez com o sentimento de ter que provar a mim mesma de que eu era capaz de superar as circunstâncias e que eu daria o meu melhor às pessoas.
Esta postura, ajudou a me tornar assistente da gerência em um curto espaço de tempo. Pouco tempo depois, me tornei Hunter no Citibank. Àquela altura, eu já tinha algumas das convicções que eu carrego comigo até os dias de hoje.
Havia crescido em mim um sentimento que para muitos pode soar submissão, mas eu descobri que para conquistar as pessoas e dar a elas a melhor experiência, eu precisava aprender a serví-las.
Eu entendi, há 20 anos atrás o poder do servir. E descobri que para ganhar a confiança das pessoas, era menos sobre mim e mais sobre elas.
Primeira lição para entender o seu papel: Não é sobre você, é sobre o outro.
Assim como agora, este artigo não é sobre mim, é sobre você.
Trouxe este pequeno recorte do início da minha trajetória, para compartilhar com você quando foi que eu entendi o meu papel.
Quero te convidar a refletir sobre seu papel também.
Desde que entrei no Mercado Financeiro eu tive clareza do meu papel na Sociedade. Talvez isso tenha acontecido da forma que foi, porque literalmente eu vesti o colete do “Posso ajudar?”
Convido você neste exato momento, trocar o colete.
Garanto que este exercício vai valer a pena.
Para embarcar com você nesta experiência, eu quero dividir um conceito novo de servir e isso irá ajudá-lo a entender o seu verdadeiro papel por aqui.
Para você entender de forma prática, esse novo conceito de “servir” significa você ligar para o cliente mesmo quando em seus pensamentos você tenta se sabotar colocando um monte de achismos que o fazem procrastinar.
“O que ele vai pensar” “Essa não deve ser a melhor hora” “Ele não precisa disso” “Já deve ser atendido” entre outras tantas frases que paralisam você de servir o seu cliente ou potencial cliente em alto nível.
Servir, significa você mudar a frase de “não sei se você sabe” para “o que você sabe sobre isso?”
Leia na íntegra a coluna Assessor de Sucesso por Roberta Santoro na edição 43 da revista CRC!News.