Novo mecanismo, baseado em ciência de dados, promove agilidade e precisão na identificação de erros informacionais
Atualmente, existem cerca de 5 mil fundos de investimento de varejo registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com cobrança de taxas de administração alcançando, aproximadamente, R$ 1 bilhão mensalmente.
Com o objetivo de aprimorar o trabalho de fiscalização e supervisão da divulgação dessas informações por meio dos administradores de carteiras cadastrados na Autarquia, a CVM reformulou seu mecanismo de acompanhamento desses dados, promovendo mais agilidade e precisão na análise.
O novo sistema, baseado na extração, processamento e análise de dados, apresenta dashboard em Power BI que permite a comparação entre o valor calculado pela ferramenta e o número apresentado nos balancetes dos fundos.
O trabalho foi elaborado pela equipe da Gerência de Inteligência em Supervisão de Riscos Estratégicos (GRID) e testado pela área que será usuária, a Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN). Segundo o Gerente Jorge Alexandre Casara, a ferramenta trará benefícios significativos para a indústria de fundos de investimento, os investidores e a CVM.
“É nossa missão trabalhar para maior eficiência do mercado de capitais. A nova ferramenta de análise de taxas de administração permitirá uma atuação mais precisa, rápida e ampla da equipe de fiscalização e supervisão, garantindo maior qualidade, confiança e segurança informacional aos investidores, bem como otimização do trabalho na CVM”, destaca Jorge Casara, Gerente da GRID.
Ação educativa e próxima com regulados
O foco inicial da CVM é atuar na aproximação com os administradores de carteira, orientando sobre ajustes necessários e indicando ações de prevenção, evitando erros futuros.
“Até o momento, com base no projeto piloto realizado a partir do novo sistema, foram enviadas 123 ações de fiscalização a 483 fundos de investimento de varejo sob supervisão da Instrução CVM 555, reportando correções na divulgação das informações para 51 diferentes administradores de carteiras. Os temas foram: erros de contabilização nas taxas, inconsistências no valor, ausência de envio de informação e divergências contábeis. Esse trabalho tem como objetivo educar nossos regulados para uma atuação mais correta e eficiente, gerando segurança aos investidores”, reforçou Maria Lúcia Macieira, Inspetora da GRID.
Fonte: CVM