A Dapes Investimentos acredita que a redução é justa e já era esperada. A expectativa é que a Medida Provisória atraia mais profissionais para a área.
“Achamos que é uma redução justa e esperada há um bom tempo pelo mercado. Criou um pouco de disfunção essa taxa que tem para os escritórios de agentes autônomos, que é maior que a dos bancos. Isso acaba incentivando novas pessoas a entrarem na área, antes ficava complicado com a taxa trimestral de 600 reais”, comentou Felipe Tavares, sócio da Dapes Investimentos.
Ele complementou falando que o escritório cobre a taxa para os assessores, mas acredita ser importante a redução.
“Um AAI novo ficava com um pé atrás. Na Dapes, nós bancamos a taxa para os nossos funcionários, mas acredito que outros escritórios não bancam e para quem quer começar sem escritório por trás, é um incentivo”, finalizou o sócio da Dapes.
Redução da taxa
Conforme antecipou hoje a CRC!News, o ministro da Economia, Paulo Guedes, encaminhou para análise da Casa Civil uma Medida Provisória que reduz a taxa de fiscalização que a Comissão de Valores Mobiliário (CVM) cobra dos agentes autônomos de investimentos (AAIs).
A Casa Civil é a ultima etapa antes de o Executivo encaminhar uma proposta ao Congresso Nacional.
De acordo com as regras atuais, os assessores individuais pagam cerca de R$ 2.540 e os de pessoas jurídicas R$ 5.080, por ano.
A decisão acontece dois meses após o ministro chamar a CVM de “gulosa”, em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.
A informação do envio da MP para a Casa Civil foi confirmada ao CRC!News em nota encaminhada pela assessoria de imprensa de Guedes. No documento, o ministério destaca que cabe à Casa Civil “decidir o momento da publicação” da MP. O time de Guedes não deu mais detalhes.
Procurada, a Casa Civil confirmou o recebimento da MP ao se referir sobre o prazo de publicação informou que existem dois tipos de MPs: uma simples, em que a análise pode durar até um dia; e outras mais complexas, que seria o caso da MP da redução da taxa dos AAIS, e por isso demandaria mais tempo de discussões internas.
A Casa Civil confirmou ainda que “há a previsão de redução (da taxa), mas que não é possível dizer quanto”.