A EQI anunciou nesta quarta-feira a fusão com a Funchal Investimentos. Parte da equipe será incorporada à EQI Asset e outra parte ao investment banking da empresa. Os profissionais chegam para a criação de uma área voltada ao agronegócio. A notícia foi dada em primeira mão ao Broadcast.
A aproximação da EQI com a Funchal começou há alguns meses, após a captação de um fundo de compensação ambiental, o Forêt, em uma parceria das empresas com a Rosenberg e a Datagro. “Nossos clientes gostam muito de produtos do agro. Então a gente estava esperando um time que tivesse uma combinação cultural, e veio um time pronto e experiente”, contou Ettore Marchetti, presidente-executivo da EQI Asset, em entrevista ao Broadcast Investimentos.
Os executivos que chegam como co-head da área agro e novos sócios da EQI são Eça Correia e Olivier Colas. Correia tem mais de 20 anos de experiência no mercado, com passagens pela Funchal, Quasar Asset Management e Chrimata Investimentos. Já Olivier passou por empresas como Saint-Gobain, Shell e Kepler Weber antes de atuar na Quasar e, depois, na Funchal.
Os outros três profissionais que vêm para compor a nova equipe agro são André Pires, como analista de estruturação, Gustavo Piegas, como analista de crédito, e Fábio Nedel, como analista do Fundo Forêt.
Da esquerda para a direita: Fábio Nedel, Eça Correia, Olivier Colas e Gustavo Piegas
Segundo Marchetti, a EQI já buscava fortalecer uma vertical agro dentro da empresa por observar o potencial dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros). “Vai ser parecido com o que aconteceu com os fundos imobiliários”, diz o executivo, referindo-se ao crescimento dos FIIs nos últimos anos.
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Primeiro Fiagro em 2023
A nova equipe da EQI já começou a estruturar produtos de dívida, de modo a atender clientes que trabalham com o agronegócio, e a meta é realizar pelo menos 10 operações no mercado de capitais em 2023. Mas isso na área de investment banking. Na EQI Asset, que deve chegar aos R$ 3 bilhões sob gestão em dezembro, o foco está em desenhar o primeiro Fiagro da casa – e, segundo Marchetti, que ainda não abre detalhes, a expectativa é abrir o fundo para captação já no primeiro semestre do ano que vem.
Texto publicado originalmente no Broadcast.