Anunciada como CEO da Guide em maio, Juliana Nogueira assumiu o comando com a missão de dar sequência ao processo de reestruturação da corretora, que nos últimos tempos investiu forte em áreas como educação e research. Em entrevista exclusiva à CRC!News, a executiva detalha os desafios à frente do cargo, fala sobre o trabalho de estruturação dos times e da importância de fomentar eventos de relacionamento.
Juliana ainda destaca alguns dos diferenciais para a Guide se destacar no mercado, como a forte expertise no mercado asiático, graças à relação com os chineses do Grupo Fuson, e a força no advisory. “Hoje, nosso diferencial é o advisory. A Guide sempre teve essa expertise, faz muito bem, e é isso o que os clientes buscam. Então cada vez mais vamos mostrar ao mercado qual é o nosso diferencial”, revela. Veja os detalhes da conversa.
Muitos escritórios e corretoras estão olhando para a área de business international. Como este tema tem sido trabalhado dentro da Guide?
Como contamos hoje com um controlador chinês [Grupo Fosun], temos uma parceria com uma empresa do grupo para trazer para alguns clientes um pouco sobre Ásia. Com o apoio deles, reunimos estudos falando sobre o mercado asiático e também bastante coisa das oportunidades da China.
Essa ligação com um grupo chinês e sua expertise em mercados da Ásia se reflete como um diferencial para a Guide?
Vemos totalmente como um diferencial. As outras casas até contam com a cobertura dos mercados asiáticos, mas não conseguem ter tanto acesso a notícias e estudos como nós, que temos um controlador da própria região.
Nos últimos meses, vocês desenvolveram bastante a área de research. Como foi esse trabalho de estruturação e qual a importância para a corretora ter um research sólido?
É fundamental. Vemos que cada vez mais as pessoas se embasam em estudos e análises. Trouxemos o Fernando Siqueira há aproximadamente um ano. Montamos todo um time de research, estamos com uma estrutura bem robusta. Atualmente, temos as carteiras recomendadas, relatórios, análises e conteúdos. Vemos que os escritórios, nossos assessores internos de bankers ou mesmo os clientes que fazem operações via home broker, via app, que são os mais autossuficientes, todo mundo utiliza muito o material e o conteúdo. Fora que retomamos fortemente os eventos presenciais. Estamos fazendo uma série deles pelo Brasil e o research sempre nos acompanha. Também temos o Alex Lima, que cobre para nós outros mercados internacionais e também tem sido muito demandado.
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Você comentou sobre a realização de eventos. São iniciativas que a Guide tem fomentado? Qual a importância de se promover encontros de relacionamento tanto entre escritórios quanto dos escritórios com os investidores?
É algo que temos fomentado bastante. Agora que estamos no final da pandemia, com ela mais controlada, tanto os assessores quanto os investidores dizem que estão carentes desse contato, de ouvir um pouco do head do research, do analista, do time de produtos, da área educacional, que é outro setor bem forte na Guide. Vemos que esses eventos ajudam bastante, até para eles conhecerem quem são os profissionais que os atendem, que fazem os relatórios, que estão ali auxiliando no dia a dia e cuidando do seu patrimônio.
Você assumiu como CEO da Guide faz cerca de cinco meses. Poderia falar um pouco sobre como tem sido essa experiência e quais os principais desafios encontrados no cargo?
Estou há um ano na Guide. Vim como vice-presidente, então já estava sendo preparada para assumir. Desde o início, tinha um universo bem grande de áreas diretamente sob minha responsabilidade, participava de todos os comitês que temos com Xangai, reuniões, trocas de experiência, contato com fornecedores. Quando assumi efetivamente como CEO, intensificamos o DNA da Guide, que é o business tradicional. Estamos investindo cada vez mais no B2B com os escritórios, no time de wealth e no time institucional. Temos feito eventos e uma série de iniciativas para esses clientes que são nosso target. Não mudei nenhuma rota, apenas dei ênfase a alguns projetos que acreditamos que vão fazer a Guide ter um belo diferencial entre as corretoras. Acreditamos que existe um espaço ainda muito grande ainda para crescer dentro do nosso posicionamento. Hoje, nosso diferencial é o advisory. A Guide sempre teve essa expertise, faz muito bem, e é isso o que os clientes buscam. Então cada vez mais vamos mostrar ao mercado qual é o nosso diferencial.
Texto publicado na edição 58 da revista CRC!News, acesse e leia a edição completa.