“Há 10 anos tudo isso era mais difícil pela dificuldade de acesso à internet”, diz Juliana Domingues, Secretária Nacional de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça
Embora a nova Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) tenha excluído a participação da sociedade civil nesse programa, a Secretária Nacional de Defesa do Consumidor, Juliana Domingues, avalia que o Brasil mantém os ganhos dos últimos anos colocando a educação financeira na agenda do País.
A primeira versão da ENEF foi criada há 11 anos pelo decreto nº 7.397, de dezembro de 2010, dois anos após ao surgimento da crise de crédito do subprime nos Estados Unidos (EUA) e do boom do mercado de crédito no Brasil. O intuito era reunir o setor público e privado e contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que pudessem ajudar a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes.
O novo decreto recriou a ENEF. Não incluiu, porém, a iniciativa privada nas ações. Excluiu ainda pontos de avaliação e de revisão periódicas e permanentes de ações de educação financeira implementadas no País. Ou seja, entidades civis, como a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) não participam mais nem da lei, nem do decreto, conforme apurou a reportagem.
“Houve muita evolução nos últimos anos. O Brasil fez algumas adesões às recomendações da OCDE que tem relação também com o crédito responsável, cujo tema sempre foi tratado pelo G-20. Da mesma forma, também temos recomendações trabalhadas no âmbito do Mercosul”, explica Juliana, titular da Secretária vinculada ao Ministério da Justiça, em entrevista à revista CRC! News.
Acesso à internet
Segundo a Secretária, o acesso à internet também vem contribuindo para ampliar o conhecimento sobre educação financeira no País. “Temos a Escola de Defesa do Consumidor que já ofertava cursos de educação financeira. Um deles, lançado em 2016, chama-se Planejar e Realizar Sonhos”, informa.
Confira a íntegra na revista CRC!News desta semana.