O Marco Lab, braço educacional do escritório Marco Investimentos credenciado à XP, recebeu um aporte de R$6,5 milhões que serão direcionados para o projeto de democratização do acesso a investimentos. A negociação foi concluída em um acordo de confidencialidade e assessorada pela Biancamano Capital.
Em parceria com a XP School, o Marco Lab selecionará candidatos interessados no curso de capacitação para se tornar agente autônomo por um processo seletivo, que deve ter inicio em janeiro de 2022. “A gente está olhando a vontade da pessoa de empreender, a falta de inclusão ela está muito antes do currículo que não chega no processo seletivo, muitas vezes essas pessoas não tem condições socioeconômicas de entrar no mercado”, explicou o sócio fundador Thiago Piassum.
O projeto nasceu da necessidade de formar profissionais capacitados e diminuir a falta de diversidade que temos hoje. A intenção é que depois de formados, os alunos possam seguir seus caminhos como agentes autônomos de investimentos sem ficar presos a ideia de ter um escritório. “É mais do que entender de investimentos, saber que um ativo é melhor que o outro, o profissional precisa de uma plataforma que prepare ele para o mercado. Nós queremos formar mil assessores até 2025 e o esperado é que a renda mensal deles fique entre R$5 e R$10 mil. Queremos colocar o mercado financeiro na porta do brasileiro”, pontuou Piassum.
Apesar de ser muito confundido com o modelo fintech, os sócios afirmam que não são uma, já que não possuem uma plataforma de criação própria e utilizam um sistema de parceria com a XP, que ficará em vigor até 2025. “Vamos analisar o que existe de melhor para o cliente e colocar para o assessor comercializar aquilo, tudo dentro da legislação prevista pela CVM. Nós só vamos mudar as coisas quando tivermos 1.000 assessores no mercado, porque ai o cenário muda, a fintech já nasce com uma aceitação, estamos fazendo o caminho inverso do que vemos no mercado hoje” afirmou.
“A inclusão é também do publico final. Além de trazer para o mercado financeiro aquela pessoa que tem vontade, que quer aprender mas tem recurso, o cliente final não é aquele ultra milionário que todo mundo quer, já foi provado que o maior capital brasileiro está ali entre o R$0 e o R$1.000.000, onde está a maior fatia da população. Esse assessorava atender esse publico, para que eles saiam da obrigatoriedade do bancário”, finalizou o sócio fundador, Thales Nóbrega.