Custos adicionais devem ser repassados para investidor final devendo reduzir a potencial rentabilidade dos ativos financeiros
A incidência da nova taxa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as empresas gestoras de fundos de investimentos em meio à volatilidade do mercado, principalmente pelo ano eleitoral, deverá interferir na performance desses títulos financeiros que estão em baixa desde meados de 2021 em decorrência das altas volatilidades do mercado.
“Com maior custo regulatório ou de fiscalização, como é o caso da nova taxa da CVM, o desafio para os gestores (na estruturação dos fundos) acaba se elevando. Mas, em última instância, é o investidor que acaba sofrendo mais”, analisa Marcelo Macedo, diretor da Reag Investimentos, gestora de fundos de investimentos com aproximadamente R$ 67 bilhões de ativos sob gestão.
Na prática, os custos regulatórios adicionais devem ser repassados para o investidor final, o que deve reduzir a potencial rentabilidade dos ativos financeiros e agravar o cenário de perdas diante da altas volatilidades do mercado em um ano de eleições presidenciais.
Para Macedo, o custo regulatório adicional sobre os fundos de investimentos deve impactar principalmente clientes com transações maiores e não-residentes, o que deve interferir na atração de capitais estrangeiros. “O aumento da taxa não deve inibir o mercado, mas isso passa a ser uma variável adicional. Em alguns casos a taxa teve majoração de quatro vezes, enquanto outras de 10 vezes.”
Confira a íntegra na revista CRC! News desta semana.