Dentre as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a profissão do assessor de investimentos está a resolução que implica na condição de trabalho desses profissionais.
Hoje, eles apenas podem integrar um escritório se fizerem parte da estrutura de sócios, nem que a porcentagem seja muito pequena em comparação com os sócios relevantes, que detêm o poder de decisão do business. Portanto, a profissão se controla por meio de contratos, que podem variar de empresas para empresas e de acordo com a cultura empresarial.
Mas, uma nova estrutura jurídica deve ser implementada a partir das novas resoluções da CVM. A nova regulamentação deve prever a contratação formal, por meio da carteira de trabalho, de profissionais, pelas empresas do setor. A expectativa é que as regras sejam publicadas pelo órgão regulador até junho deste ano.
Para alguns, esse passo representa um avanço enorme para setor de assessor de investimentos. “O brasileiro em linhas gerais quer um emprego e um salário fixo, essa é a nossa educação atual. Quanto mais vagas CLT’s, mais interesse e mais esse meio cresce”, observou Walas Lopes, business matchmaker na Vend Ever, em entrevista à CRC!News.
Para ele, essa é uma questão mais profunda que tem a ver com a cultura do país e não só com o modelo de negócio de uma empresa ou um setor. “Não fomos educados para abrir a nossa própria empresa ou para ter o tal do espírito empreendedor. Não é à toa que 48% das empresas brasileiras fecham nos primeiros três anos”, considerou.
Para Diego Ramiro, presidente da Associação Brasileira de Agente Autônomo de Investimento (ABAAI), a mudança do regime de trabalho, apesar de dar uma liberdade maior para o setor, não o torna mais atrativo.
“Ele vai continuar crescendo da mesma forma. Eu não acho que hoje as pessoas não viram assessor porque não podem ser CLT. Pelo contrário, às vezes a remuneração é até melhor do que um celetista”, explicou Ramiro.
Leia a matéria completa na edição 29 da revista CRC!News.