A administração da XP Inc. reconheceu erros e excessos durante a fase de “bull market” (de predisposição de investidores para ativos de risco), contratou demais e agora promete uma maior proximidade com os analistas e investidores. Durante uma conversa de duas horas com analistas, na sexta-feira (17), a primeira desde que listou suas ações na Nasda
q, no fim de 2019, o fundador Guilherme Benchimol mostrou como pensa a estratégia da instituição que enfrenta desafios de curto prazo. Ao lado dele estiveram o CEO, Thiago Maffra, o CEO do Banco XP, Jose Berenguer, o CFO, Bruno Constantino, e o diretor de relações com investidores, André Martins.
Apesar da recente venda das ações da XP e a sinalização de um primeiro trimestre ainda fraco, os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel escrevem que deixaram a reunião um pouco menos preocupados.
“Sim, os desafios estão aumentando e continuamos cauteloso com as ações, mas Benchimol abordou algumas de nossas principais preocupações como apenas um dono poderia – por isso vínhamos reforçando a necessidade de falar com ele”, afirmam em relatório. Eles mantiveram indicação “neutra” para as ações, mas reduziram o preço-alvo de US$ 16 para US$ 14 em 12 meses.
Do encontro, eles destacam que Benchimol admitiu não ter interagido o suficiente com os analistas de ações e sinalizou mais reuniões no futuro – a última conversa tinha sido seis anos atrás, em 2017, na fase anterior à primeira tentativa de IPO, abortada quando o Itaú Unibanco entrou no capital da empresa. O fundador da XP também reconheceu que a e empresa contratou em excesso durante a pandemia, diminuindo a capacidade da administração de selecionar os candidatos certos, e que a política de trabalhar em casa não produziu resultados satisfatórios, tendo sido revertida. Ele disse ainda que o modelo de “partnership” foi aprimorado para um melhor comprometimento do time com o negócio.
Leia a íntegra no jornal Valor Econômico
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