Ontem, o Banco Central dos Estados Unidos por lá (o FED) subiu a taxa básica de juros pela primeira vez desde 2018 – levando os juros básicos (os Fed Funds) para o nível de 0,25% – 0,5%.
O movimento veio dentro do esperado pela maior parte dos analistas, mas mesmo assim movimentou mercados no mundo, ao vir acompanhada de um tom bastante firme em relação ao combate à inflação no país. Sinalizando assim, que devem seguir na alta de juros ao longo do ano.
Enquanto isso, aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária do nosso Banco Central (o Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 11,75%. Ou seja, uma alta de 1pp dos 10,75% onde estava desde fevereiro.
No comunicado publicado logo após a decisão, o Copom deixou claro que pretende seguir aumentando os juros na próxima reunião, para 12,75% ao ano. Isso para tentar controlar a inflação elevada.
Mas a principal mensagem do Copom foi de cautela: diante da incerteza trazida pela guerra entre Rússia e Ucrânia, é preciso “serenidade” (palavras do Comitê) para definir os próximos passos. Afinal, como sabemos, o conflito tem causado uma forte alta no preço de commodities, afetando o preço de alimentos, energia e combustíveis ao redor do mundo.