Por Rafael Ribeiro, analista em investimentos da Clear.
- Com as commodities metálicas seguindo em queda, ainda refletindo as perspectivas pela menor demanda por parte da China, somada à repercussão negativa do resultado do Itaú no setor financeiro por conta da expectativa de aumento da inadimplência, o Ibovespa renovou a mínima do ano (agora em 102.835 pontos) nesta quinta e mais uma vez não acompanhou o bom humor das bolsas internacionais.
- O resultado operacional do Itaú no 3T21 não foi ruim, mas o que pesou foram as expectativas para os próximos trimestres, ou seja, o potencial de valorização. A taxa de inadimplência aumentou 0,21 ponto no trimestre e 0,30 ponto no comparativo anual, o que até então estava em processo de acomodação. Levando em conta o cenário macro, propício para o aumento da inadimplência, fica a expectativa de uma pressão no lucro para os próximos trimestres.
- Milton Maluhy Filho, CEO do banco, destacou um cenário mais cauteloso para 2022. O próximo ano, segundo ele, inspira cuidado em um cenário de maior incerteza política e juros mais altos, demandando cautela em termos de crédito.
“Quando olho para 2022, é um cenário em que se vê uma piora na inadimplência, é esperado que seja assim, e estamos preparados para isso do ponto de vista do provisionamento no balanço”, apontou.