Boa tarde! Seguem os comentários de Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, sobre o fechamento do mercado de hoje, 13:
Na Reta Final do Mercado com Rafael Ribeiro
Seguindo com o movimento de recuperação após a forte queda de setembro, que levou o mercado para a mínima do ano, o Ibovespa se descolou dos EUA e caminho para encerrar o dia em alta de 1,3%, guiado, em especial, pelas empresas do setor doméstico — que mais apanharam em todo esse processo e muitas estão com múltiplos atrativos.
A busca por barganhas na Bolsa em vista do nível atual de sobrevenda em termos gráficos, além do lado do fundamento, vem sendo liderada pelos investidores estrangeiros, que na última semana ingressaram com R$ 1,84 bi e neste mês estão com saldo líquido de R$ 6,6 bi.
Porém, o destaque do dia ficou por conta do dólar e a verdadeira agressão do Banco Central quando a moeda chegou na faixa de R$ 5,60. O BC iniciou o dia ofertando (como faz sempre) cerca de 14 mil contratos de swap cambial tradicional e o dólar só seguiu em frente, até que às 15h10 entrou com um leilão extraordinário de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional, o que levou a moeda para as mínimas.
Destaque também para os dados nos EUA, com a inflação ao consumidor norte-americano subindo 5,4% em base anual na passagem de agosto para setembro — ligeiramente acima da expectativa do mercado (+5,3%) —, mas revela um número bem acima da meta e impulsionado pelo setor de energia, que, levando em conta o desempenho do petróleo, deve seguir pressionando a inflação até o final do ano.
Por fim, segundo a ata da última reunião do Fed, os membros sinalizaram que podem começar a reduzir os estímulos, como já sinalizado, embora permaneçam divididos sobre o tamanho da ameaça que a inflação alta apresenta e quando elevar os juros para combater os preços.