Nesta quarta-feira (18) foi divulgada a ata do encontro de 27 e 28 de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), entre os informes, houve a expectativa de que a economia americana continuasse a avançar. “A maioria dos participantes esperava que a economia continue a fazer avanços na direção desses objetivos” e que a meta “poderia ser alcançada este ano”, apontou a ata.
A circulação da variante Delta nos EUA e o número de casos crescendo, tem preocupado o governo americano, mas autoridades presentes na reunião acreditando que a economia do país irá se recuperar e ponderaram planos para um eventual encerramento da compra mensal de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas.
Quanto ao desemprego norte-americano, a taxa de cidadãos empregados continuou subindo no mês de julho e a inflação esta acima dos 2% esperados. James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, está ao lado dos argumentos que defendem o fim da compra de títulos e acredita que até o começo de 2022 essa ação tenha diminuído significativamente. O aumento da taxa de juros só será possível após o enceramento do programa.
“Para o Brasil o impacto é negativo, ainda mais por ser um país emergente. Isso leva aos investidores globais uma aversão a riscos para investimentos, consequentemente eles irão investir menos em países emergentes, que é o caso do Brasil. Isso faz com que o dólar suba, ganhe força e deteriore o valor da nossa moeda, o real”, explica Diego Barusch, da Capitólio Investimentos.
“Na próxima semana o Banco Central Americano fará sua reunião anual e dará quais serão os próximos passos da economia, nos seguimos aguardando para ter um panorama melhor”, concluiu o analista.
Em dezembro, o banco central havia dito que não reduziria as compras até que houvesse “mais avanço substancial” na recuperação do emprego. Naquele ponto, a economia estava com cerca de 10 milhões de vagas abaixo do nível de antes da pandemia.
Os empregadores criaram 4,3 milhões de vagas desde então, incluindo um total de quase 1,9 milhão em junho e julho, ritmo que analistas esperam que continuem por enquanto.
A medida preferida de preços do Fed, o índice PCE excluindo alimentos e energia, subiu a uma taxa anual de 3,5% em junho, ritmo mais forte em quase 30 anos. O dado de julho será divulgado na próxima semana.