Fonte. Anbima.
Os fundos de investimento fecharam outubro com R$ 4,7 bilhões de saídas líquidas. O valor reverte o ciclo de resultados positivos que vinham acontecendo desde julho.
“O resultado de outubro reflete a piora do cenário econômico, especialmente, internacional, e não uma saída estrutural de recursos da indústria como ocorreu no primeiro semestre deste ano” explicou Pedro Rudge, nosso vice-presidente.
Apesar do resultado negativo da indústria, duas classes registraram a maior captação mensal de 2023: FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e fundos de ações, com R$ 11,1 e R$ 10 bilhões de entradas líquidas, nesta ordem.
Dentre as classes com captação líquida positiva também estão: previdência, com R$ 1,5 bilhão, e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com R$ 282,9 milhões.
A maior perda mensal ficou com a classe multimercados pelo segundo mês consecutivo, registrando R$ 13,4 bilhões de saídas líquidas. No ano, os resgates líquidos são de R$ 64,9 bilhões.
Além dela, a renda fixa voltou a ter desempenho negativo após três meses no azul, com R$ 11,6 bilhões. Os fundos que investem em ativos de médio e alto risco de crédito registraram R$15,5 bilhões de entradas líquidas, no entanto, o restante da classe puxou o resultado para baixo.
Rentabilidade no mês
Dentre os tipos com maior patrimônio líquido, os fundos de renda fixa que investem em títulos públicos de curto prazo (tipo duração baixa grau de investimento) tiveram retorno de 1,02% em outubro.
Os fundos com exposição a risco de juros, índice de preço e moeda estrangeira a longo prazo tiveram a melhor rentabilidade mensal dentre os multimercados, com 0,85%.
Já os fundos de ações livres, que não têm uma estratégia de concentração específica, tiveram rentabilidade negativa de 4,35%. Apesar disso, o acumulado do ano registra ganhos de 5,69%.