O encontro perfeito entre estratégias, equipe e a parte institucional foi a grande motivação para a BlueLine Asset Management anunciar a incorporação do fundo macro da Greenbay Investimentos, o Greenbay Convex FIM, ao seu fundo Blue Alpha FIM. Com três anos e meio de história e sendo um dos participantes do programa Rising Stars do Itaú (iniciativa voltada para o crescimento de gestoras), a BlueLine já estava trabalhando na expansão da casa há algum tempo.
“Diria que foi a partir do final do ano passado. Começamos a discutir com várias casas e entendemos que a Greenbay era a que melhor se encaixava do ponto de vista de complementaridade”, relata Fábio Akira, economista-chefe da BlueLine, em conversa com a CRC!News. “A palavra ‘match’ se encaixa perfeitamente nos que buscamos, que são as melhores formas de gerir os recursos.”
Fábio explica que a BlueLine tem uma forma de atuação mais estruturada, com visão de médio prazo e temas globais, enquanto a Greenbay possui um estilo de gestão mais ágil e tática, aproveitando oportunidades de curto prazo. “Conciliar essas duas estratégias é uma forma de adicionar oportunidades de investimento sem aumentar tanto o risco”, completa.
O economista conta ainda que nada disso funcionária se não fosse também o match pessoal que se deu entre os times. Os sócios da Greenbay vieram da tesouraria do Banco Santander, são profissionais conhecidos no mercado e já havia interações entre eles e o time da BlueLine antes mesmo que a gestora existisse.
“Um terceiro aspecto para esse match, além do técnico e o pessoal, foi o institucional”, conta Fábio. No atual momento de expansão que a companhia vive, a busca por talentos em áreas como trade, research e na área comercial recebeu um reforço com a chegada de profissionais como o economista Flávio Serrano e Pedro Meirelles, que será responsável pelo relacionamento institucional. “Conseguimos dar um salto nos potenciais da BlueLine de maneira muito rápida”, pondera. O time vai receber cinco traders e cinco gestores para capturar novas oportunidades de ganho.
A integração dos times, no entanto, será gradual. A Greenbay ainda existe e todo o seu time de gestão está focado no produto da empresa. “O negócio foi fechado, mas a integração só vai ocorrer depois que a Greenbay fechar totalmente o seu fundo”, explica Fábio.
Para os cotistas a ideia é que o fundo gere mais retorno com menos risco, o que Akira classifica como o desejo de todo gestor. “A BlueLine já proporcionou 150% de retorno acima do CDI desde sua criação, mesmo pegando crises de tudo quanto é jeito. Em março de 2020, tivemos um drawdown de 4% e revertemos no mesmo mês. Fechamos com 0,5% de alta no meio da crise global”, relembra. A intenção da gestora com a incorporação é complementar e ajudar a trazer estratégias mais específicas.
A expansão não para com a chegada do pessoal da Greenbay. Fábio conta que a BlueLine almeja ser uma das grandes gestoras do país. “Estamos pensando nos passos seguintes, como uma equipe de equities para lançar um fundo dedicado a ações com caráter mais global, fundos de crédito e de renda fixa. A gama é muito grande, estamos apenas no estágio inicial”, finaliza.
Texto publicado na edição 60 da revista CRC!News, acesse e leia os principais destaques do setor.
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