Impacto foi gerado nas áreas de saúde, meio ambiente, proteção animal, filantropia e cultural
A Órama fechou o primeiro ano da Plataforma de Propósitos, iniciativa pioneira no país que alia escolhas financeiras e impacto social, com sete parceiros, entre eles a estreante Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).
“Vemos grande potencial nessa união entre mercado financeiro e um mundo mais igualitário, em uma engrenagem sustentável. Contribuímos na geração de recurso recorrente às organizações sem que o cliente perca a rentabilidade dos investimentos”, explica o CMIO da Órama e idealizador do projeto, Dedé Eyer.
Além da OSB, são parceiros os Médicos Sem Fronteiras (MSF), Instituto Desiderata, Fundação SOS Mata Atlântica, o Instituto Luisa Mell, o Instituto Phi e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
O diferencial da Plataforma é que os clientes escolhem as causas que querem apoiar, e a Órama destina à organização parceira 50% da receita que os investimentos normalmente geram às instituições financeiras. A Plataforma possui um portfólio com mais de 650 fundos de investimentos, ações, títulos de renda fixa, previdência privada, seguros, câmbio, entre outros. Não há cobranças na abertura e manutenção de conta, e o cliente escolhe o produto mais adequado ao seu perfil ou faz a portabilidade. O modelo é possível através do white label, formato customizado para organizações parceiras.
Parceiros
Para Ana Flávia Cabral Souza Leite, vice-Presidente Executiva da Fundação OSB, fazer parte do projeto significa potencializar seus meios de existência e ampliar o número de pessoas engajadas. “A OSB é mais do que uma orquestra. A cultura tem diversos significados, e muitos deles envolvem conexões: educação, humana e com perspectivas de um futuro melhor e mais próspero para muitas crianças e jovens que veem a nossa Orquestra como uma referência”, avalia.
Já Leanne Neale, diretora de Captação de Recursos de Médicos Sem Fronteiras (MSF), explica que as doações feitas para a organização são quase que exclusivamente privadas, feitas por pessoas físicas e empresas privadas e que esse suporte é fundamental para manter a independência e a autonomia na realização dos projetos do MSF. “A Órama é uma importante parceira, que contribui doando as taxas de administração e estabelecendo conexões com investidores que querem nos ajudar a salvar vidas”, esclarece. Este ano, a organização humanitária internacional completa 50 anos oferecendo assistência médica a pessoas afetadas por crises, como conflitos armados, catástrofes socioambientais, desnutrição grave e epidemias.
De acordo com Afra Balazina, diretora de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, as crises dos últimos anos fizeram com que a sociedade ampliasse a preocupação em deixar um legado. “O investimento em causas ambientais é de longo prazo. Buscamos, assim como a Órama, que os recursos sejam geridos com qualidade e utilizados de forma a produzir o máximo de impacto positivo na floresta mais ameaçada do Brasil”, avalia. A cada R$ 50 arrecadados, é possível plantar 3 árvores da Mata Atlântica e acompanhar seu desenvolvimento por 5 anos.
Para Luisa Mell, fundadora do Instituto Luisa Mell (ILM), a educação financeira é algo que beneficia a todos. “A Órama, de forma visionária, uniu a democratização dos investimentos com o olhar para o terceiro setor. Temos certeza de que vamos crescer muito juntos”, avalia. Com o total arrecadado, seria possível adquirir 15 kits preventivos de doenças, de acordo com o ILM. Fundado em 2015, o instituto atua principalmente no resgate de animais feridos ou em situação de risco, recuperação e adoção.
Já Roberta Costa Marques, Diretora Executiva do Instituto Desiderata, explica que a parceria abriu um novo modelo de captação com potencial de atingir um público que quer aliar o investimento ao impacto social. “Estamos em um momento de crescimento organizacional. Acreditamos que este fato pode ser muito positivo para a parceria, ampliando o potencial de doações via Plataforma de Propósitos”, avalia.Com o valor arrecadado, seria possível capacitar seis profissionais de saúde pública para diagnóstico precoce do câncer infantil.
Co-fundadora do Instituto Phi, Luiza Serpa entende que este é um momento difícil no país e o fortalecimento de organizações sociais se faz necessário para enfrentar os desafios. Esperamos um crescimento significativo nessa nova forma de captação de recursos”, avalia. O Phi iniciou suas atividades em 2014, no Rio de Janeiro, com a missão de contribuir com o desenvolvimento da filantropia no Brasil e de promover impacto social. Em sete anos de atuação, já movimentou mais de R$ 128 milhões para o Terceiro Setor e os recursos impactaram mais de 1,4 milhão de pessoas.
Para Cristina Amorim, coordenadora de Comunicação aqui no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), organização científica que trabalha pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia, a parceria amplia a capacidade de desenvolver soluções para questões ambientais. “Os desafios que temos à frente são gigantescos, e os impactos serão sentidos por todos. Quanto mais pessoas se envolverem, mais perto estaremos de mudar o jogo e garantir um clima estável para nós e nossos filhos”, explica. O propósito do IPAM é consolidar, até 2035, o modelo de desenvolvimento tropical da Amazônia com produção de conhecimento, implementação de iniciativas locais e influência em políticas públicas, de forma a impactar o desenvolvimento econômico, a igualdade social e a preservação do meio ambiente.