Texto atualizado em 16/12, às 10h42 – Seis assessores de investimentos da Ativa Investimentos estão deixando a tradicional corretora carioca para criar um escritório de agentes autônomos vinculado à XP. Os sócios são Rodrigo Rocha (que estava há 15 anos na Ativa), Marcelo Morgado (14 anos), que pediram demissão terça (13) na corretora.
A XP Vinha conversando sobre o projeto há cerca de um ano. Apesar do ambiente instável para a bolsa, os profissionais decidiram seguir com a iniciativa confiando em sua experiência em renda varíavel e na capacidade de geração de retorno e receita em estratégias diversas com renda variável.
Para a XP, parte importante do atrativo da transação foi o capital humano, mas a expectativa é que eles consigam levar uma parcela relevante desse valor para a nova casa. Em wealth, a migração é normalmente de uns 20% a 40% do total da carteira. Em renda variável, o percentual tende a ser muito mais expressivo, de uns 60% a 70%, porque é mais simples migrar as ações de uma corretora para a outra.
O novo escritório – que ainda não tem nome – deve começar a operar em janeiro. As negociações entre a XP e os executivos começaram há mais de um ano e foram lideradas por Caio Raiza, o head de novos negócios da XP.
O movimento é o mais recente de uma série de transações semelhantes que a XP tem feito nos últimos anos envolvendo principalmente executivos de bancos. Há dois meses, a corretora fechou um acordo com Carlos Kawall, o ex-economista chefe do Safra, para criar uma nova gestora – a Oriz – na qual a XP será sócia minoritária.
Em posicionamento oficial, a Ativa contextou algumas informações veiculadas inicialmente. Abaixo, o comunicando na íntegra da empresa:
“Ao contrário da reportagem publicada no Brazil Journal, vale esclarecer que não foram 8 executivos e sim 6 assessores de investimentos que saíram da companhia. Eles tabém não eram sócios seniores. Alguns deles, inclusive, eram estagiários até pouco tempo. Hoje, somamos mais de 50 profissionais na Mesa de Operações Institucional, além dos profissionais da vertical de assessoria de investimento, unidade a qual esses profissionais que saíram pertenciam, em todas as cidades que atuamos. Tampouco é verídica a informação de que ‘só sobraram estagiários’, pois essa vertical hoje conta com 35 profissionais altamente qualificados, inclusive com CFP. A Ativa Investimentos informa que a recente saída desses seis profissionais do RIo de Janeiro é um movimento natural do mercado. Os clientes da unidade já foram direcionados a outros assessores, uma vez que a casa possui outros escritórios além do Rio de Janeiro, em São Paulo e em Goiânia. A mesa segue operando normalmente, sem qualquer impacto para nossos clientes.
A Ativa Investimentos é uma corretora de valores independente há mais de 39 anos e reúne as melhores opções de investimentos, assessoria especializada e atendimento de excelência”.
Texto originalmente publicado no Brazil Journal